- Como estás?
Mark - Disposto a ajudar-te no que for necessário, ás 15h no bosque, quero aprender tudo, até logo mana .
Ele deu-me um beijo na testa e juntou-se aos amigos que estavam já á sua espera, sorri pois nunca pensei que ele reagisse assim tão bem. Entrei novamente em casa, tirei todos os livros da minha mala, e pus estacas e várias coisas que seriam necessárias para ensinar o meu irmão. Hoje não ia para as aulas, ia primeiro treinar-me para poder-lhe ensinar da melhor forma. Despedi-me da minha avó e fui para o bosque, aquilo metia-me medo, era demasiado sombrio. Tirei de lá o saco de boxe, umas placas de tiro para treinar a pontaria com as estacas ou pregos de prata e espetei no chão. Afastei-me e tirei uma estaca da mala, atirei com imensa força mas falhei, voltei a tentar e acertei pouco mais a baixo do coração do vampiro representado no placar . Atirei novamente outra e acertei mesmo no coração. Sorri e fui buscar as pratas.
xxx - No placar é fácil pois não se move , quero ver-te a acertar num vampiro verdadeiro.
Senti o meu corpo bater contra uma árvore , cai no chão e olhei para o vampiro que ali estava . Tremi só de ver o vampiro que matou os meus pais, jurei por tudo matá-lo. Levantei-me e ele agarrou-me no pescoço, tirei o prego que tinha dentro do bolso e espetei no meio das suas costas, fazendo-o cair de joelhos. Aproximei-me do saco, tirei uma estaca e pus-me de joelhos ao lado dele, fiz pontaria no seu coração, mas antes que conseguisse fazer algo, fui agarrada por dois vampiros mais velhos. Eles atiraram-me contra outra árvore com imensa força, tentei levantar-me mas levei um pontapé na barriga, fazendo-me cair novamente. A dor era imensa, mas algo que o meu pai me tinha ensinado, era que a dor era psicológica. Um dos vampiros levantou-me encostando-me á parede e apertando-me o pescoço com imensa força, tentei soltar-me pondo os meus dedos na cara dele e apertando com imensa força , mas isso só o irritou mais e fez com que apertasse mais o meu pescoço, sentia-me a ficar sem ar, até que ouço uma voz. A pessoa dessa voz agarrou no vampiro por trás e atirou-o para bem longe, eu cai de joelhos e baixei a cabeça, para tentar controlar a minha respiração. Levantei a cabeça e não quis acreditar em quem me tinha salvo, fora um vampiro, estava agora a matar outros da sua espécie. Ele aproximou-se de mim , pegou-me ao colo, pegou nas minhas coisas e num momento já estávamos a entrar pela janela do meu quarto. Ele pôs-me em cima da cama, sentou-se perto de mim, mas depressa saí da cama e aproximei-me da porta do meu quarto. Senti-me constrangida por ter pela primeira vez um vampiro dentro do meu quarto. Pela primeira vez e de facto, pela última. Alcancei uma estaca de prata do meu armário e apontei-lhe-a, fazendo-o soltar uma gargalhada .
- Estás a rir-te de quê?
Justin - Não achas que já te tinha morto se quisesse?
- Não o fizeste, irás arrepender-te disso.
Corri para ele e colei a estaca ao seu coração, sem tocar na pele, apenas por cima da blusa, vi a sua faca ficar aterrorizada, pior fiquei eu, quando ele deu uma chapada forte na minha mão e atirou a estaca para longe, de seguida, atirou-me para cima da cama, deitando-se por cima de mim, cruzando os meus braços no cima da minha cabeça.
- E agora vamos fazer sexo vampiricio?
Justin - Realmente, tu não existes rapariga. - Ele riu-se. - Eu não te quero fazer mal, vê se percebes isso, se te quisesse morta, deixava os outros matarem-te .
- Sai de cima de mim. - Fiz força com os meus braços e rodei-nos, ficando por cima dele. - Eu mando.
Justin - Apenas, confia em mim, não te quero fazer mal.
- Vai-te lixar, tu és um vampiro, vocês tiraram-me tudo ! Eu odeio-vos e fui treinada para vos matar, sejas tu ou outro qualquer, irei espetar um estaca bem fundo no teu coração!
Justin - Acorda para a vida Dayana, nem todos somos iguais ! Achas que estás pronta para enfrentar vampiros? Ias morrendo no bosque, eu salvei-te ! Deixa-te de tretas, só te quero viva.
- E porquê? Vocês mataram os meus pais ! - Gritei, deixando que lágrimas escapassem.
Justin - Apenas, confia em mim, por favor.